sexta-feira, 20 de maio de 2011

1a fase - Dia 12

   Hoje o dia já começou mostrando que seria bem diferente dos outros. As dores nas costas e coxa haviam passado, recebi mais uma dose de Granulokine, que hoje doeu um pouco mais que ontem, mas nada absurdo. Logo depois veio a coleta de sangue, ou pelo menos a tentativa. Durante uns 5 minutos a enfermeira tentou fazer o sangue retornar pelo catéter sem sucesso, até que decidiu fazer a coleta da maneira convencional, por uma veia calibrosa no braço. Por sorte esta empreitada foi concluída com êxito na primeira tentativa, uma raridade pois minhas veias são pequenas e duras devido às quimioterapias que tomei em 2008/2009. Foram colhidas duas amostras, uma para um hemograma a ser realizado no laboratório do hospital e a outra para ser enviada à Unicamp para fazer a contagem das células tronco e ver se haviam células suficientes para se fazer a coleta.
   Cerca de duas horas mais tarde o médico veio me trazer uma  excelente notícia, meus leucócitos cegaram a 3800, e com este número, a coleta poderia ser feita sem ter que aguardar o resultado da Unicamp.
   O único porém era meu catéter, que justamente hoje estava sem retorno. A enfermeira chefe do setor veio tentar manipular o catéter e ativá-lo, durante cerca de 40 minutos ela e um outro enfermeiro tentaram em vão fazer a coisa pegar no tranco, até que desistiram e me encaminharam à clínica, onde provavelmente uma veia seria puncionada para a realização da coleta.
   A hemoclínica em questão fica a cerca de duas quadras do hospital, e como a ambulância da Unimed costuma demorar muito para atender a um chamado, perguntaram se eu poderia chamar alguém para dar a carona. Liguei para minha mãe, e em menos de meia hora ela estava aqui. Fomos à hemoclínica onde fui apresentado à máquina de aférese, um trambolho que deveria bombear meu sangue aos poucos para dentro de uma centrífuga, que por decantação separa os elementos do sangue, enviando então as células tronco para uma bolsa, e devolvendo todo o resto para minha corrente sanguinea, mas antes disso tudo era preciso que o sangue saísse do meu corpo.
   Só por desencargo a enfermeira da hemoclínica resolveu testar mais uma vez meu catéter, e quem dira, fluxo em abundância! Não seria necessário furar mais nada!  Então, tubos conectados, processo iniciado, agora era só sentar e esperar, esperar, esperar...  o processo todo durou cerca de 4 horas, filtrando 75ml de sangue por minuto até encher a bolsa das células tronco, que no final ficou com cor de Coca-Cola.
   Tirando o desconforto de passar quatro horas sentado, acorrentado a uma máquina, o processo foi muito tranquilo e indolor. Ao final fui ao banheiro (já quase não me aguentava), e logo depois o carro da clínica me levou de volta ao hospital, e minha bolsa de células foi encaminhada à Unicamp para processamento, contagem e congelamento.
   Logo depois de chegar ao meu quarto recebi a visita de minha esposa, que veio passar a noite aqui. Jantei, e pouco mais tarde recebi a melhor notícia do dia, a coleta havia sido excelente, e com isso ESTOU DE ALTA!!!!!
   Como os médicos da equipe de hematologistas não fazem plantão aqui, terei de esperar até amanhã cedo para voltar para casa, mas graças a Deus acabaram as medicações e esta fase do tratamento. E que venha a próxima!

2 comentários:

  1. Querido Marcelo,que notícia maravilhosa!!!!
    Esta fase o SENHOR ajudou e irá ajudar a todas que forem necessária.Você é mesmo o nosso maior guerreiro e irá vencer todas as batalhas.
    Continue utilizando este blog para enviar notícias , é muito bom ficar acompanhando de longe, mas as nossas orações estão juntinho com você.
    Um beijão carinhoso
    Edilei

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  2. Graças a Deus.Que Ele continue te abençoando sempre, sempre

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